domingo, 6 de setembro de 2009

 Pra se abrir, flor.
Há de se esticar
Há de permanecer num desatino
Até que se complete o desabroche
Há de mudar o como de sentir as gotas da chuva
De conversar com os insetos
Há de não ter medo do destino
Não há como, com a cor viva que tens
 De não sentir uma falta
Não há como, com a vida que passa
De não se despetalar
Mas há de mudar o jeito de sentir o Sol
Te aquecendo, então, por dentro
Secando as feridas do seu rebento
Aliviando o úmido resquício do orvalho,
Que sobrou da sua última partida alaranjada
Flor, é mesmo assim  
Vai entender
O Sol vai e volta
Assim como a chuva
Mas não há o que temer
Pois o aquieto sempre se acalma