quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Lembro-me do dia em que ele apareceu com ela.
Ou de antes, quando dela ele falou .
É...havia brilho em seus olhos.Estávamos, no mínimo, empatadas!
Ela era a novidade da vida dele.Era o supra-sumo da emoção.E tocá-la era pura sensação!Pegar na umidade necessária para ir e vir.
Hora com movimentos
suaves e lentos.
Hora movimentos
rápidos e ainda suaves.
Tanta era a delicadeza com que ele a tratava.
E de olhar pra ela enquanto tocava, ele não cessava...
Eu, ao lado, via todo o cinema romântico .E por que não dizer transcendental.Ou ainda musical.Ah...com certeza um musical!
Eles estavam se afinando e eu destoante de toda a cena.Distante dele eu detectava seus olhos nos olhos dela..
Se é que ela tinha olhos!
Sse é que já não era ela o próprio olhar.
Ela o encantava, eu percebia.
E ele não cansava de estar com ela, tocando e repetindo movimentos – aqueles mesmos movimentos .Movimentos desconhecidos por mim, que o acompanhei por um certo tempo antes de ele conhecê-la.
Pois, quando era ela, era só ela.
E uma especialidade...
As mãos, assim como os pensamentos, pousavam sobre ela sem desvio, nem vôo.
Em mim?
Não.
Só nela!
Por ela ele perderia a hora...
Perderia até o ritmo.
E até se perderia, mas sem perdê-la de vista, toque e tudo o mais.
E de mim? Aiai... Cadê mim?!
Maldita cuíca!

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